POMBOS, DOENÇAS E MANEJO:

O pombo-comum, também conhecido como pombo-doméstico ou pombo-das-rochas (Columba livia), é uma ave columbiforme bastante frequente em áreas urbanas.

A plumagem é normalmente em tons de cinzento, mais claro nas asas que no peito e cabeça, com cauda riscada de negro e pescoço esverdeado. Caracterizam-se, em geral, pelos reflexos metálicos na plumagem, cabeça e pés pequenos, bicos com ceroma ou elevação na base e a ponta deste em forma de gancho. O bico é vermelho, curto e fino, com 3,8 cm de comprimento médio, foi criado por asiáticos desde a antiguidade mais remota - há imagens que o representam, na Mesopotâmia, datadas de 4.500 a.C. - Alimenta-se de sementes, grãos e frutas e, nas cidades, do que estiver disponível nas ruas, incluindo resíduos.

Um grande problema quanto ao pombo é que não há nenhum predador nas grandes cidades para este animal e sua reprodução é rápida, o que gera uma população cada vez crescente, um grave problema ambiental ao homem.

 

Os casais são muitas vezes constantes; o macho faz reverências à fêmea e ambos se acariciam na cabeça com frequentes arrulhos. Antes do coito, alimentam-se mutuamente com uma massa regurgitada. O pombo-comum faz o seu ninho numa plataforma de ramos, numa árvore ou em qualquer plataforma que esteja livre de frio e chuva, onde põe dois ovos brancos, que são incubados, tanto pelo macho como pela fêmea, levam de 14 a 19 dias. Os filhotes abandonam os ninhos com 15 dias e os pais os alimentam nesse período com "leite de papo", massa rica em proteínas e gorduras que se desenvolve em ambos os sexos durante a procriação.

Esta espécie é originária da Eurásia e África e foi introduzida no Brasil no início da colonização portuguesa. Até recentemente, havia uma certa benevolência com os pombos em áreas urbanas, sendo comum encontrarem-se em pontos turísticos em todo o mundo (como a Trafalgar Square em Londres, ou a Cinelândia carioca), com a presença de vendedores ambulantes licenciados de milho, atirado aos pombos. Atualmente, tais atitudes são desencorajadas e existe uma repugnância crescente à presença dos pombos, tidos como "ratos de asas", em áreas urbanas. Encontra-se na lista de espécies exóticas invasoras do Brasil. Inclusive, em alguns lugares no Sul do Brasil, existem campanhas para diminuir a população de pombas, por várias causas.

  

DOENÇAS TRANSMITIDAS PELAS FEZES DOS POMBOS

 

A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro chegou a apresentar um projeto visando o controle do crescimento da população dos pombos. Entretanto, a presidente da ONG S.O.S. Aves, Lúcia Estrela afirmou que os animais não são os vilões que a maioria da população acredita. Alegou possuir na ocasião um abaixo-assinado com os nomes de 60 veterinários afirmando que pombos não transmitem doenças como asma e toxoplasmose. Acrescentou ainda que esse tipo de informação errada faz parte do imaginário popular e estimula as pessoas a promoverem o envenenamento das aves (ENGELBRECHT, 2004). Tal controvérsia necessita ser avaliada cientificamente. Entretanto, a despeito dos aspectos relacionados à transmissão ou não de doenças pelos pombos, existe um consenso de que as fezes por eles eliminadas nas areias das praias podem contribuir para o aumento da contaminação microbiológica das mesmas.

Segundo Bonini (2004), do Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de São Paulo, os pombos podem causar as seguintes doenças:

(i) Criptococose: micose profunda, cujo agente etiológico, Criptococus neoformans, tem afinidade pelo sistema nervoso central. Os sintomas são: febre, tosse, dor torácica. É transmitida através da inalação de poeira contendo fezes de pombos contaminadas pelos agentes etiológicos;

(ii) Histoplasmose: micose profunda, cujo agente etiológico, Histoplasma capsulatum, tem afinidade pelo sistema respiratório. Os sintomas que podem ocorrer variam desde uma infecção assintomática até febre, dor torácica, tosse, mal estar geral, debilidade, e anemia. São doenças oportunistas: o indivíduo pode ou não desenvolver a doença, dependendo de seu estado de saúde;

(iii) Ornitose: doença infecciosa aguda, cujo agente etiológico, Chlamydia psittasi, tem afinidade pelo sistema respiratório superior e inferior. Os sintomas são: febre, cefaléia, mialgia, calafrios, tosse. São doenças oportunistas: o indivíduo pode ou não desenvolver a doença, dependendo de seu estado de saúde;

(iv) Salmonelose: doença infecciosa aguda, cujo agente etiológico, Salmonela typhimurium, tem afinidade pelo sistema digestivo. Alguns dos sintomas são: febre, diarréia, vômitos, dor abdominal. É transmitida através da ingestão de alimentos contaminados com fezes de pombos contendo o agente etiológico;

(v) Dermatites: são provocadas pela presença de ectoparasitas (ácaros) na pele, provenientes das aves ou de seus ninhos.

 

CUIDADOS GERAIS:

Para evitar as doenças transmitidas por pombos, basta não deixar que suas fezes se acumulem .

NÃO DEIXAR ACUMULAR FEZES DE POMBOS

Se encontrar fezes acumuladas, retira-las somente após umedecer com solução desinfetante.

PROCEDIMENTOS PARA LIMPEZA DE LOCAIS COM FEZES DE POMBOS PROTEGER O NARIZ E A BOCA com máscara ou pano úmido e utilizar luvas, quando for fazer a limpeza de locais onde estejam acumuladas fezes e ninhos de pombos ANTES E DEPOIS DA LIMPEZA: Umedecer bem as fezes com solução desinfetante a base de cloro (água sanitária diluída em água em partes iguais) ou quaternário de amônia em solução a 50% IMPEDIR o acesso e entrada das aves nas construções fechando os locais com tela ou alvenaria, após a desinfecção e limpeza do local.PROTEGER alimentos e água do acesso das aves e suas fezes.

 

CONTROLE DA ALIMENTAÇÃO

Não alimentar os pombos para que eles tenham sua função na natureza e sua população permaneça controlada.

Recolher sobras de alimentos de animais domésticos, aves de gaiola e criações, para não atrair pombos ou ratos e baratas.

 

MÉTODOS DE MANEJO DA POPULAÇÃO DE POMBOS

O manejo da população de pombos visa reduzir de maneira gradual a população de um local, através da redução de abrigo e fontes de alimentação.

Toda atividade desenvolvida deve ser cuidadosamente planejada, para evitar a morte das aves ou seu sofrimento, obedecendo os artigos 29 a 32 da LeiFederal no. 9.605 de fevereiro de 1998 è proibido usar iscas envenenadas, é crime de crueldade com os animais e muito perigoso para crianças, outros animais e para o meio ambiente.( SOLICITE NOSSA INSPEÇÃO TÉCNICA PARA ORÇAMENTO DO SERVIÇO DE MANEJO )